segunda-feira, 16 de abril de 2012

Caixa - Capítulos 1 e 2

Se você tiver algum apreço por leituras aleatórias, leia esse conto feito por mim numa madrugada como qualquer outra. Você não vai se arrepender - ou vai, mas só vai descobrir se ler. É minimamente interessante, mas talvez surpreenda. Comentários são muito mais que bem vindos.

[SEGUNDA EDIÇÃO] Recebi reclamações de pessoas dizendo que era chato baixar parte a parte do conto. Decidi, portanto, postar as duas primeiras partes - as que foram publicadas - em um único arquivo. Boa leitura. Espero que gostem.

Caixa - Danilo Campos Lopes



Quem gostou, compartilha com a galera! É só clicar nos botões aqui embaixo e pronto!

sábado, 7 de abril de 2012

Meu segredo

Meu segredo é um coração sentimental, mas duro. De tão sentimental, guardo em um local difícil de achar, e ando assim, com ele escondido, mas protegido, pra quando eu te encontrar.
Eu tenho mais um segredo, um pensamento, mas proibido, que só faz me alegrar. Eu tenho um pensamento, perdido, escondido, quem sabe se um dia poderei mostrar.
Eu tenho mais um segredo, um último segredo, meu coração é tatuado, meu pensamento é domado, você está em todo lugar. Se te guardo secretamente nos meus mais profundos segredos, quem dirá que meu real segredo é tanto assim te admirar?

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Cotidiano do travesseiro

Pareço feliz, mas já fiquei na cama pra dormir mais, mesmo sem sono, por achar que não valeria à pena acordar. É meio dramático, mas juro que foi uma coisa involuntária. Acordar, e me pegar pensando "Cara, o que tem de importante no mundo lá fora? Fica, vai ter sonho.". 


Receita pra criar uma polêmica

Ingredientes:

-Uma verdade incoveniente
-Um dogma (pode ser substituído por um tabu)
-Três doses de sarcasmo (No máximo quatro, senão perde o gosto real)
-Uma imagem que caracterize a polêmica (substitui o fermento)
-Uma público diversificado pra mexer.
-Sal na ferida à gosto.

Modo de preparo:

Misture tudo num texto ricamente escrito. A coisa flui naturalmente, pois a audiência própria cria a polêmica. Basicamente você só tem que colocar a verdade na frente deles com os outros ingredientes, sem fazer mais nada. Todo o resto flui naturalmente. Cuidado pra não exagerar na dose de sal. Outra coisa importante é saber separar uma verdade inconveniente de uma mentira convicente. É como separar joio de trigo, pirita de ouro bruto.


-----------------------------------------------------------------------------------------------------

O motivo de escrever isso agora é simples: As pessoas falam tanto em mentiras, falsidades, mas jamais se perguntam o quanto suportariam da verdade. Às vezes, certas mentiras, não são feitas com o intuito de magoar, mas de proteger. Outro motivo é advertir para aquelas coisas que por mais que pareçam avançadas, nos atrasam. Não tome tudo como verdade, saiba questionar. A polêmica surge exatamente da nossa incapacidade de nos flexionarmos ao questionamento. É um exercício diário, mas assim como o exercício da razão, é indispensável e indissociável da verdadeira evolução.

Dentro da Caixinha. E fora. E dentro de novo.

Estilo alternativo. Eis que me ponho a pensar sobre o assunto. Criou-se o estilo alternativo, ou indie, para determinar uma forma de se vestir, ou um gosto musical, ou um monte de outras coisas que fugiriam do padrão. Não me entenda mal, não venho criticar, só venho refletir sobre. Por exemplo, cabelos pouco cuidados (não necessariamente sujos), alargadores, piercings, bonés com aba reta, calça skinny deveriam fazer parte do chamado visual alternativo. Deveriam. Quantas pessoas que usam esses acessórios você já viu por aí? Eu vejo uma pá todo santo dia. Tá, então cadê a "alternatividade" aí?

 Ah, não tô dizendo "PAREM DE USAR ISSO JÁ!", mas cá entre nós, o visual tá perdendo a essência, não? Que tal você criar seu próprio look? O estilo alternativo de verdade tem um caráter de causar estranheza à primeira impressão. É normal, é o que o torna realmente indie. De tanto se repetir a coisa, algumas pessoas que como eu já questionam o termo "alternativo" e caracterizam os usuários como "adolescentes em fase de crescimento com complexo de rebeldia no vestuário" - não ponho nome de quem disse isso porque a própria pessoa assim pediu.

 Enfim, gente, pensar fora da caixinha exige um esforço próprio, ok? Não significa apenas ir de encontro ao que seus pais pensam, ou o que a geração anterior pensa/pensou. É uma questão de saber pensar também fora do pensamento da sua PRÓPRIA GERAÇÃO. É complicado, é difícil, e acredite em mim: Dificilmente alguém vai ficar do seu lado ou concordar com você.

Jovens, sejam alternativos, mas verdadeiramente, ok?

Carta de amor

"Bom dia, amor. Hoje eu sonhei com você de novo. Dessa vez você dizia que nossa briga tinha sido besteira e que tava tudo bem. Depois me abraçava e me fazia sentir segura como só você sabe fazer. Ah, tem mais, sabe a minha avó? Ela tá melhor, te mandou um beijão. Tá me doendo tanto essa falta que você me faz. Tô louca pra voltar a te ver. Vou sair correndo e pular nos seus braços de uma vez! Queria que você soubesse o quanto significa pra mim. Eu sinto como se em você eu pudesse confiar. Ah, eu também tava aqui lembrando de quando a gente começou a conversar, sabe, e você tava super mal por causa da sua ex. Eu morria de inveja dela, mas ficava dizendo "Calma, vai melhorar. Fica bem". Nossa, o jeito como você falava dela! Hunf. Depois eu comecei a rir lembrando disso. Eu queria tanto que naquela época você me dissesse que gostava de mim. E daquela vez que você disse que me achava bonita? Nossa, eu fiquei morrendo de vergonha e de felicidade ao mesmo tempo! Queria dizer "Eu te acho lindo!". Fico imaginando se você alguma vez falaria pra mim que me achava atraente de verdade. Eu sempre ficava tão louca pra falar algo assim, ficava imaginando se você pensava em mim dessa forma. Eu lembro que quando peguei seu número de celular fiquei louca de vontade de ligar e mandar mensagem na hora, mas me controlei. Ah, e quando eu mandei mensagem e a gente passou a noite toda conversando? NOSSA! Eu ainda sorrio quando lembro. Ah, antes que a carta fique longa demais eu vou terminar. Depois mando mais notícias, meu anjo. Beijo, espero que esteja bem. Saudades"


-Eu ia te mandar essa carta naquela viagem que fiz pra ver minha avó, lembra?
-Lembro sim! Quase morro de saudades de você. Por que só me entregou agora se você escreveu só naquela época?
-Na verdade eu escrevi quando a gente tava se conhecendo. Quando aquelas coisas da carta estavam acontecendo. Eu imaginei que se eu escrevesse uma carta fingindo que já namorava com você, talvez...acontecesse.
-Que engraçado. Eu tinha feito o mesmo.Quer ver?
-Depois, agora eu só quero...

E o mundo pareceu fazer silêncio pra contemplar aquele momento. E aconteceu um beijo, não um beijo qualquer, um beijo épico, quase de filme, como só uma grande paixão é capaz de produzir.